Fazendo nosso primeiro post diferente aqui no blog. Dessa vez, vamos falar sobre o desfile das 22 múmias no Egito, a Golden Parade, e ,ainda, falar um pouco da cultura desse lugar que ainda não conhecemos.
O Egito fica no continente Africano. Foi lá que surgiu as primeiras civilizações do mundo, em volta do Rio Nilo, o maior rio do mundo. A água do rio ajudava nas necessidades do dia a dia e as plantações, por isso, foi lá que se iniciou.
O desfile
O desfile aconteceu no dia 3 de abril de 2021, na capital do Egito, Cairo, no qual as múmias atravessaram 7 quilômetros, sob forte segurança, com muito brilho e iluminação. Sendo transmitido ao vivo em 18 canais internacionais – no Youtube tem o vídeo completo do desfile, está no final desse post. Vale muito a pena assistir, foi maravilhoso!

O motivo, foi a necessidade de transportar as múmias do antigo Museu Egípcio, na Praça Tahirir, para sua nova morada: o mais moderno Museu Nacional da Civilização Egípcia. E como as múmias e faraós são muito importantes para o Egito, eles fizeram desse cortejo, uma celebração especial com luzes, decorações egípcias e uma orquestra.
Cada múmia percorreu o trajeto em um carro separado, com mecanismos para evitar impactos e dentro de uma cápsula preenchida com nitrogênio garantindo a preservação. A sequência dos carros foi por hierarquia de idade, sendo o faraó mais antigo: Sekenenré Taá (século XVI a.C.), da 17ª dinastia; o primeiro da fila e o Ramsés IX (século XII a.C.), que reinou cerca de 3100 anos atrás, o último. Entre os faraós mais conhecidos do desfile estavam Ramsés II e a rainha Hatshepsut.

Quando os carros chegara em sua nova morada, os reis e rainhas foram saudados por 21 salvas de canhão. O vídeo do desfile mostra como foi linda essa cena.
A maioria dessas múmias foram descobertas perto de Luxor, no sul do país, a partir de 1881, e serão apresentadas individualmente, ao lado de seus sarcófagos, com uma biografia e os objetos relacionados com os soberanos. Eles ficarão em um ambiente que lembrará as tumbas subterrâneas dos reis e rainhas.
Entre várias personalidades internacionais presentes no evento, também estava o Presidente egípcio Abdel Fattah El -Sisi. Este festival ajudou a atrair atenção para o turismo local, e com certeza deu certo, a nossa vontade de ir para o Egito agora esta enorme : )
Curiosidades do Desfile
Muitos egípcios acreditam em supertições e também que as múmias foram feitas para serem mantidas paradas onde foram deixadas. Isso fez com que muitos levantassem a hashtag em árabe #maldicao_dos_faraos, pois muitos deles associaram recentes catástrofes pelo mundo e no Egito a uma “maldição” pela transferência das múmias.
Entre as catástrofes estão o bloqueio do canal de Suez por um navio cargueiro, além de um desabamento de um prédio no Cairo. Até mesmo a Pandemia ocasionada pelo Corona Vírus.
Isso já havia acontecido anteriormente, no anos 1920, após a descoberta da tumba de Tutankamon, um dos mais famosos faraós já encontrados. Após essa descoberta aconteceram misteriosas mortes de membros da equipe de arquiólogos.
Mumias no Egito
O Egito é um país extremamente religioso, determinando diversas práticas culturais e sociais. Eles são politeísta, ou seja, acreditam em vários deuses. Os egípcios, acreditavam na vida eterna após a morte, e que era preciso preservar o corpo para o falecido voltar, assim, inventaram a mumificação. Entre os faraós mais conhecidos estão Tutancâmon, Seti I e Ramessés II. Com o tempo o estilo de mumificação foi mudando. E para abrigar o cadáver, construíram as pirâmides.
A crença no retorno à vida se estendeu por todas as camadas sociais no Egito, porém os faraós nobres e ricos tinham mais condições de construir um sarcófago bem fechado e grandes túmulos construídos de pedras, garantindo a proteção dos corpos contra saqueadores.
Outra crença era em deuses híbridos, ou seja metade homem, metade animal (antropozoomorfia)